Caminhos Esplanadas
Esplanadas do centro histórico de Paço de Arcos
Cá estamos, mais uma vez, a mostrar o que tem interesse referir pelos Caminhos do Concelho de Oeiras.
Começamos na Praceta Dionísio Matias, onde terminámos o Caminhos anterior. Renovada por obras profundas recentemente inauguradas, que altera em muito o conceito de jardim, como era entendido por muitos paçodarquenses, pelo que ainda está a ser discutida e em processo de compreensão pelo objetivo prosseguido com o novo conceito de praça. No futuro, esta infraestrutura ficará ligada em rede, a outras que surgirão em breve…
…por todo o concelho o que vem permitir um maior aproveitamento, ao disponibilizar novos eventos de natureza cultural. Aguardemos, pois, o que o futuro nos reserva.
Como previsto, reabriu o Picadily, com nova gerência, e novo conceito, espera-se que volte a ser o importante local de encontro e de convívio que foi, durante décadas, para milhares de habitantes, e visitantes, desta Vila. Também reabriu o Centro de Cópias, agora chamado PDF, serviço muito importante para quem trabalha em casa e não tem ao seu dispor todos os meios exigidos.
Saímos da Praceta, e seguimos pela Rua Cândido dos Reis, onde, no lado esquerdo, decorrem obras de recuperação do prédio de habitação e lojas, quem vão trazer mais habitantes, e lojas, ao Centro Histórico, e contribuir para a sua modernização. Em frente, o Centro de atividades culturais, e desportivas que proporciona atividades a muitos jovens. No andar superior, a casa onde nasceu, e residência do antigo dirigente do CDPA Tito Moreira Rato, devidamente identificada por uma placa alusiva. Descemos, e à nossa direita temos a parede murada do Quartel de Paço de Arcos, hoje com atividade muito reduzida em relação ao passado, mas onde, de quando, em quando se ouvem os ensaios da Orquestra Ligeira do Exército
Entramos no Largo 5 de outubro, com as suas árvores e plantas que lhe dão um caráter único, e onde temos o chafariz, a esplanada, o monumento ao ator José de Castro. Diga-se que no próximo dia 20.11 teremos a homenagem anual para recordar o seu legado que se mantém vivo no coração dos seus amigos e admiradores, com um programa que convidamos o leitor a consultar e a nele participar. Um conjunto de antigas habitações, há muitos anos desocupadas, aguardam por obras de substituição, cujo projeto estará em elaboração, segundo julgamos saber. E que ao se concretizarem certamente virão enriquecer a Praça e valorizar também o monumento que lhe fica fronteiro.
Segue-se outra esplanada, da Pizaria Rúcula, que veio ocupar as instalações do restaurante criado pelo fundador de A Voz de Paço de Arcos, Joaquim Coutinho, e que, posteriormente, esteve o restaurante Aquarela do Brasil, cuja memória se mantém junto dos seus muitos clientes que não esquecem as movimentadas sessões culturais, poesia e música, que ali se realizavam. No fim do muro do quartel temos a porta do Forte S. Pedro, memória do Forte e da estrutura de defesa antissubmarinos, aqui instalada e que se destinava a defender a entrada da barra através do lançamento de torpedos. Esta estrutura foi demolida com a construção da Estrada Marginal, no início da década de 40 do século XX.
Chegámos à Av. Marquês de Pombal, ao jardim municipal. Estamos perante o monumento que homenageia o Patrão Lopes, o grande herói da terra, pelos seus feitos no mar, e que todos os anos é recordado com as festas em sua honra, no mês de Agosto. Logo ao lado, o antigo rinque de patinagem, onde o CDPA fez a melhor escola de jogadores de hóquei em patins do Mundo, aqui se fizeram muitos campeões do Mundo, designadamente, Jesus Correia, Correia dos Santos e Emídio Pinto.
Atualmente, e após a construção do Pavilhão, este espaço é utilizado para prática desportiva informal e zona de convívio. A meio do jardim temos o coreto, o jardim infantil e o Pavilhão, que está a aguardar o início das obras, a efetuar pelo novo concessionário, esperando-se a sua reabertura no próximo verão. O Pavilhão, local de encontro de há muitos anos, onde se encontram serviços de
pastelaria, restaurante e esplanada. Ao longo do jardim, da Avenida, os habituais bancos são ponto de tertúlia de amigos que aqui se encontram amiudadas vezes para pôr a conversa em dia.
Os temas adivinham-se, novas do dia, saúde e doença da família e dos amigos, desporto, a vida social e clubista da vila, e as preocupações que cada um tem em cada dia e que só são partilhadas com os amigos. Os restaurantes O Pastus e Praia Velha montaram esplanadas, respetivamente no Coreto e na rua do jardim que fica na sua frente. Aqui chegados, estamos no largo que antigamente tinha mais atividade, o cinema, hoje escritórios e lojas vagas, ex Montepio, Lusitana e, mais recentemente, imobiliária, que encerraram devido à sua política de fecho de balcões perante a evolução dos mercados.
O antigo BES, hoje Novo Banco, muito contribuiu para a vida económica da Vila. Vamos terminar no edifício, Sede do CDPA que durante décadas desempenhou importante papel na vida social e desportiva da vila. Aqui decorreram grandes festas, bailes e eventos sociais de grande importância. Aqui se fazia teatro, o que motivou o aparecimento de atores, nomeadamente, José Manuel Pinhanços, JOSÉ DE CASTRO, que ficaria na memória, e no coração, de gerações de paçodarquenses que não o esquecem.
Presentemente, o Salão Nobre continua ao serviço da cultura e do desporto, e as salas térreas proporcionam as condições para os sócios praticarem jogos de sala, bilhar, snooker, e de mesa, dominó e cartas, a que acresce a esplanada onde o convívio acontece entre sócios e amigos. Os Caminhos de hoje ficam por aqui, voltaremos no próximo número com novas ruas, novas avenidas e novos pontos de interesse. Até lá.