Do Centro Cultural José de Castro até à Quinta da Fonte
É com enorme satisfação que iniciamos este Caminhos no Centro Cultural José de Castro, inaugurado no passado dia 27 de Abril/2023, pelo Presidente da CMO, Dr. Isaltino Morais, e pelo Ministro da Cultura Doutor Pedro Adão e Silva, com a presença de vereadores, dirigentes, técnicos e funcionários da CMO, de deputados da Assembleia Municipal, Presidente da UFOPAC, e outros elementos do executivo e da Assembleia de Freguesia, familiares de José de Castro e outros convidados.
A sala encheu-se de com a presença de muitos amigos e admiradores do ator homenageado. No seu discurso o Presidente da CMO, salientou a importância deste equipamento polivalente, daí ser um Centro Cultural, para a Vila de Paço de Arcos, e por integrar uma rede de espaços culturais espalhados pelo concelho. Foi recordado o tempo levado para a sua concretização, pois fora prometido em 25.5.1989, aquando da inauguração do monumento que homenageia o mesmo ator, e que foi justificado por entraves vários que assim determinaram, e que estão bem presentes na memória de quem acompanhou o processo.
Foi também, então, prometida a realização de um Festival Anual de Teatro, o que não se concretizou, e que foi substituído por homenagem anual, com romagem ao monumento referido, e uma sessão solene com momento artístico, no Salão Nobre do CDPA, por iniciativa do nosso jornal, e com a participação e apoio da CMO, da UFOPAC e do CDPA.
Uma vez inaugurado o belíssimo espaço, que vem permitir uma programação constante e diversificada, com extraordinárias condições de trabalho, é com grande expetativa que aguardamos a divulgação da estratégia para a sua utilização a definir pela UFOPAC, entidade responsável pelo seu funcionamento.
Paço de Arcos, terá, doravante, uma merecida nova fase da sua vida cultural, mais intensa e participativa. Mais rica, portanto. Parabéns a todos quantos contribuíram para aqui chegarmos, todos o merecem, o que muito nos enriquece.
Como estamos na rubrica Caminhos temos de avançar. Subindo a Av. Sr. Jesus dos Navegantes, temos à nossa direita a Estação de Caminho de Ferro, com várias lojas, cabeleireiro, café, churrasqueira e loja “Chinesa”. Este conjunto, nó intermodal de transportes, previa uma central de camionagem que, por razões várias não se concretizou, tendo o respetivo espaço sido adaptado a parque de estacionamento de veículos ligeiros, Parque dos Navegantes. Inicialmente com 56 lugares, mas que poderá crescer de acordo com as necessidades, tem sido pouco utilizado, mas sê-lo á, certamente, com o aumento de atração à zona que se admite venha a acontecer com o fortalecimento da oferta da restauração em curso e com a abertura de novos equipamentos para novos serviços (CC José de Castro, Unidade de Saúde Mental a inaugurar brevemente).
Continua a fazer-se sentir com grande premência a anunciada, e sempre adiada, central de camionagem. A solução provisória encontrada, em plena faixa de rodagem, é muito perigosa, isto porque, sem qualquer sinalização visível a quem suba a avenida, a via reduz-se a só uma faixa, o que provoca situações de travagem rápida com os perigos daí advenientes. Foi-nos dito, por um responsável da CMO, que seria assinalada com um traço a azul a saída do parqueamento, o que também ajudava a aumentar a segurança de quem circulava. Passaram-se meses e nada foi feito. Foi só estratégia, ou está mesmo previsto e aguarda a sua execução?
Continuando a subir, acompanhamos o SATU que lá está em repouso, até quando?
Chegamos à Rua Fonte de Maio, e no nosso lado direito temos o edifício das Finanças, stands de automóveis,
o restaurante Forno do Padeiro, e o supermercado Joaninha. Este estabelecimento criado nos anos 80 do século XX, pertence a um grupo familiar, que integra o referido restaurante, e a pastelaria Queques da Linha, um pouco mais abaixo, também existente desde a mesma época.
Este Grupo mantêm forte resiliência perante a evolução da concorrência, que tem crescido fortemente, com a instalação de grandes superfícies no seu raio de ação. Os horários alargados e a sua localização são aspetos fundamentais que dão solidez à estratégia implementada.
Este Grupo mantêm forte resiliência perante a evolução da concorrência, que tem crescido fortemente, com a instalação de grandes superfícies no seu raio de ação. Os horários alargados e a sua localização são aspetos fundamentais que dão solidez à estratégia implementada.
No mesmo edifício, Edifício Bugio, temos dois pisos de lojas, com muitas fechadas. Mantêm-se abertas a Churrasqueira, cabeleireiros, loja de telecomunicações, produtos alimentares, café, etc, e uma nova loja de Consultoria, para ultimação de processos junto de entidades oficiais e particulares, destinada a apoiar pessoas, recentemente chegadas à zona, ou já cá estabelecidas, na resolução dos problemas que se põem à sua normal integração na vida profissional e particular. Atividade muito necessária, atualmente, dada a grande procura destes serviços. Sucesso, são os nossos votos.
No mesmo prédio, mas em loja de rua, abriu recentemente, uma loja de aconselhamento de beleza e moda, a quem também desejamos o maior sucesso. Ao seu lado uma empresa de saúde e segurança no trabalho.
No lado esquerdo, na continuação da Rua Fonte de Maio, e após a rotunda, e já na Estrada de Porto Salvo, temos o edifício da antiga fábrica de carimbos, primeiro, e de ceras, depois, e que atualmente alberga a Segurança Social, escritório de Advogados, outros escritórios…
e uma escola de música, a Compasso Divertido. Seguidamente deparamo-nos com as duas torres há muito tempo acabadas, e não licenciadas, onde habita, somente, uma ou duas famílias. A situação arrasta-se no tempo sem que haja uma solução. Irregularidades no processo e na execução do projeto estarão na origem do imbróglio existente.
Numa época em que não há casas suficientes para a procura, é chocante constatar que não se encontra uma solução jurídica e/ou financeira para ultrapassar o escândalo que permanece ao longo de décadas, sim décadas.
É sinal da falta de eficácia dos serviços envolvidos, da falta de vontade dos litigantes em aplicar a legislação e jurisprudência existentes? Será que estamos perante uma situação do tipo do famoso Prédio Coutinho, em que só a desconstrução resolveu?
Logo a seguir, também junto à margem da ribeira, está em fase final de construção uma estação de serviço do grupo Auchan. Temos em crer que a regularização do leito, e das margens, da ribeira garantem que não haja o perigo de cheias, esperemos que sim.
No outro lado da estrada, temos o portão de acesso ao complexo da empresa Valentim de Carvalho. Histórica empresa de gravação musical e fabrico de discos de vinil que, com o avanço das novas tecnologias, não conseguiu acompanhar o mercado. O mesmo aconteceu ao estúdio de televisão, que perdeu mercado face à concorrência. A evolução do mercado afetou grandemente a rentabilidade da empresa, que tem vindo a acumular prejuízos, comprometendo o seu futuro. Felizmente que a localização, e dimensão, do seu terreno apresenta uma solução, que passa pela construção dum hotel, e de blocos de apartamentos, para além da modernização do antigo edifício dos estúdios de gravação, e sede da empresa.
Voltamos ao lado esquerdo da estrada, estamos a subi-la, e notam-se sinais de que estará para breve o avançar de novas construções que ocuparão os terrenos entre a ribeira e a Cooperativa Nova Morada, existindo já alguns lotes a serem preparados para receber as projetadas construções. Brevemente ficarão ligadas as urbanizações existentes até ao Quartel dos Bombeiros de Paço de Arcos, em ambos os lados. Não é altura de questionar como será o trânsito daqui a uma década? Claro, que surgirão novos meios de mobilidade terrestres e aéreos, que vão alterar o paradigma da mobilidade, mas até lá como vai ser? Fica aqui a questão, responda quem souber.
Voltamos ao lado direito da estrada e junto à rotunda de acesso às instalações da Auchan temos um restaurante da cadeia do Mac Donalds, e terreno a aguardar novo projeto.
De volta à rotunda, continuamos a subir passamos a fábrica de embalagens SEDA, antiga Novembal, e mais stands de automóveis até à Rua Calvete de Magalhães, a rua de acesso às instalações da SIC, de outras empresas e a Laveiras-Caxias.
Enquanto isto, no outro lado temos a seguir ao já referido quartel dos bombeiros, o acesso ao Parque das Perdizes e à Cooperativa Nova Morada.
Chegamos à rotunda onde se iniciou a construção do Centro de Congressos, mas que tem tido uma muito agitada, embora esteja parado. Obra de grande importância para a vida económica e cultural do Concelho, que aguarda o alcançar das condições que permitam o retomar da obra, possivelmente com alterações ao projeto inicial. Esperemos que não tarde.
Entramos na parte final deste Caminhos, falando do edifício, e terreno, camarários, ex CP Petroquímica, e ex serviços da Câmara, e que no próximo dia 25/5 vai ser posto, de novo, em praça para a sua alienação. Que corra bem.
A seguir temos a entrada para o parque de estacionamento da SIC, e finalmente chegamos ao nosso final previsto, à Quinta da Fonte, de que falaremos novo Caminhos.