GRITO DE LIBERDADE
Esta notícia, se assim se pode chamar, chegou-nos pela voz de um dos nossos seguidores e fala daquilo que um dia viu e não mais o abandonou. Seria injusto não partilhar esta sua visão pelas suas próprias palavras. Por isso, o que se segue, é o texto integral que fez chegar à “A Voz de Paço de Arcos” e que, desde já, agradecemos.
GRITO DE LIBERDADE
SOU LIVRE
SOU LINDA
SOU LOUCA
SOU LUTA
SOU MINHA
Sei deste poema há anos e sempre que por aqui passo, revisito-o, releio-o e medito!
Desta vez, aproveitei a fachada florida e fotografei. Não sendo habitante de Paço d’Arcos, cultivo esta forte poesia, de escrita feminina, tentando imaginar como era esta bela mulher, porque só pode ser bela quem escreve com tanta beleza. Imagino, ou quero que seja, uma boa onda de Abril livre, que por aqui passou, e aqui fixou estes versos na esperança de que um dia alguém parasse, atraído pelo grito de liberdade, seduzido por esta voz poderosa e misteriosa, que me encantou.
Este ano as buganvílias primaram pela grande mancha florida que coroa o poema gritado num muro qualquer, meio escondido, quase a medo, como tivéssemos andado para trás e voltasse o tempo do silêncio e da censura. Terá sido escrito em tempo do 25 de Abril? Não sei. Só sei que desta vez vai ser o local de culto de muitos habitantes de Paço d’Arcos.
Para isso convido “A Voz de Paço d’Arcos” a dar-lhe o tratamento jornalístico que merece.
Viva a Liberdade e a Democracia.
Outubro de 2023
Jorge Sales Golias
Capitão de Abril