Pas Un Jour de Retard! – Exposição
Exposição de arte em Caxias. Uma maravilha! Obras de arte de alto nível ali no número 6 da Conselheiro Ferreira Lobo. Encontros e conversas estimulantes, com a Margarida, professora, não sei de que matéria, convergência de pensamento sobre sobre o português falado em Portugal, Brasil e Angola. Encontro também com gente jovem. O Pedro, a dar os seus primeiros passos nas artes. Bom vinho e simpatia com o Rogério, arquiteto, que liga quase nada às redes sociais. Decisão sensata. Falo da transformação da Cartuxa, logo ali por trás do espaço da exposição, em centro de artes modernas ao que a Sílvia, a anfitriã da exposição, que nos brindou com estas preciosidades, expressou o seu ceticismo quanto à concretização do projeto. Deixamos o assunto para outra oportunidade, que não há de faltar. O burburinho das conversas em português temperada pelo francês, afinal, a exposição reúne a mais recentes produções do Christian Lefèvre. Simpático, conversamos sobre a estética e conceitos expressas nas obras ali expostas. Pouco mais de duas horas numa atmosfera instigante e enriquecedora. Há que dar os parabéns à Sílvia pelo arrojo da iniciativa, pelo cuidado e carinho que nortearam a conceção e execução da exposição.
Christian Lefrève
Pas Un Jour d Retard!
Nem um dia de atraso!
Este título fala da segurança arrogante que adotamos perante todos os fenómenos naturais, sociais, políticos… É preciso fazer isto! Tem que de fazer aquilo! Façamos isto e aquilo! Um sem conta de mandamentos e de injunções que nos sentimos capazes de proferir o nosso orgulho de Homo Sapiens supõe um domino total do mundo. Ora a realidade da natureza, do ambiente não corresponde às nossas expectativas ou desejos.
A resposta é diferente dada pelas surpresas, os acidentes, o acaso…O nosso orgulho é vencido e encontra a sua falha na complexidade dos fenómenos do mundo
Este título refere-se sobretudo às esculturas. Os desenhos apresentam um gesto repetitivo à esculturas. Os desenhos apresentam um gesto repetitivo e obsessivo, mais difícil de explicar, e mostram sempre a dualidade: duas técnicas, dois objetos.
O artista
Christian Lefèvre nasceu em 1957 em Orléans, França. Formou-se em esculturas na Belas Artes de Paris. Desde então participou em variadas exposições de grupo, na região parisiense e em outras localidades francesas, em centros de arte e em estruturaras associativas.
Apresentou as sua obras em museus como o Museu Nemours e Meudom e em galerias de arte. Trabalhou no espaço urbano na realização de fontes e esculturas destinadas a edifícios públicos. Está presente em coleções públicas em França.
Participou durante vários anos como voluntário na gestão de uma galeria associativa parisiense (Galeria du Haut Pavê).
O trabalho dele tem como preocupação essencial a paisagem e a natureza.
Sobretudo escultor, também se dedica ao desenho e à fotografia
Ficha Técnica
- Conceção: Christian Lefèvre
- Texto: Christian Lefèvre
- Fotografias: Sílvia Perloiro e Pedro Henriques
- Design e Comunicação: Pedro Henriques
- Produção: galeria_na_montra