Vila Romana de Freiria
Na zona leste do concelho de Cascais, junto a um dos afluentes da Ribeira da Lage localiza-se um ponto de interesse arqueológico de nome Vila Romana de Freiria. Já conhecia esta villa através de, por exemplo, painéis informativos da CMC – Câmara Municipal de Cascais, no entanto, só a visitei pela 1ª vez durante a última quarentena, num dos meus passeios higiénicos, no qual capturei as fotos colocadas ao longo do artigo.
Tendo em conta os vestígios cerâmicos que se encontram em áreas circundantes, é possível afirmar-se que este território já seria ocupado por outras comunidades anteriores ao Império Romano, cerca de 1000 anos AC.

A sepultura romana foi comunicada em 1912 pelo arqueólogo Vergílio Correia, sendo que os trabalhos de exploração e escavação acabaram por ter início apenas nos anos 80, em duas fases distintas, Guilherme Cardoso e José d’Encarnação. O vasto material arqueológico recolhido tem permitido o desenvolvimento de uma série de trabalhos científicos, apresentados em várias publicações de diversas áreas.
Deste local destacam-se o Celerio, o moinho que lhe está associado, e outros elementos de produção alimentar, como o lagar e o forno. Não é de descurar, por outro lado, a necrópole e as termas.
Para visitar o diverso espólio recolhido, do qual se destaca um quadrante solar, agulhas e alfinetes de origem orgânica, e uma ara consagrada à divindade indigena Triborúnio, deve-se ir ao Museu da Vila, onde também se podem encontrar os restantes depósitos arqueológicos do concelho.
Este ponto de referência histórico é visitável desde Setembro de 2018. O espaço está diariamente aberto entre as 10 horas da manhã e às 18 horas, sendo que a visita tem a duração prevista de 30 minutos, feita pelos passadiços e apoiada pelas pelos painéis informativos distribuídos pelo local. A CMC informa no seu website que é possível marcar uma visita guiada.